Proposta da Aula de Artes de construção com fita adesiva sobre as superfícies do piso e da parede - vertical e horizontal.



A arte na arte de viver
Observar uma obra de arte e pensar sobre as intenções do autor ao fazê-la, suas idéias, sentimentos, sua relação com a época em que foi feita e função.
Ouvir uma música e reconhecer seu ritmo, sua mensagem, as palavras ditas e as que ficaram nas entrelinhas. Compreender o que ela representa ou representou para toda uma geração, apreciá-la ou, até mesmo, detestá-la.
Esses dois exemplos foram usados somente para ilustrar a importância de nos relacionarmos com o mundo em que vivemos em todas as suas dimensões.
Mais do que nunca, as escolas estão incluindo em seus componentes curriculares outras atividades relacionadas à arte em geral.
E por quê? Pela necessidade de se desenvolver nas crianças e jovens o senso estético, tão importante para a sobrevivência em um mundo marcado por cores, formas, estilos e modos de vida diferentes.
Compreender a caminhada do mundo no que diz respeito à arte nos ajuda a entender o universo e a diversidade cultural, bem como a percebermos em que cultura nos encontramos, pois sabemos que elas se modificam.
Entretanto, as escolas ficam impossibilitadas de realizar árduas tarefas sozinhas. Os jovens já não são tão ligados à arte em suas diversas manifestações, mas, certamente, sentirão falta dela em uma roda de amigos em que se aprecia uma tela, reflete-se sobre uma escultura, sobre a escolha de uma obra para sua casa ou escritório, na busca de um presente marcante, na definição de um gosto musical, na apreciação de um espetáculo, etc.
Faz-se necessário um incentivo da família nessa questão.
Quantas crianças já visitaram um museu?
Quantos jovens já foram a um concerto, a uma audição?
Todos os ritmos e estilos musicais fazem parte da coleção de CDs da família?
Uma ópera ou um espetáculo de dança seria um bom programa para crianças e adolescentes?
A cultura popular é vista como uma riqueza de nosso país?
Aprender música, pintura, dança e teatro é incentivado pela família e pela escola?
Como conseguiremos que nossos filhos e alunos desenvolvam uma crítica, um senso ético, sobre a letra de uma música ou poema, por exemplo, se nem o gosto e o domínio do estilo proposto eles conhecem?
Questões dessa natureza são urgentes.
As escolas são parceiras das famílias quando o assunto é desenvolver o ser humano em todas as suas potencialidades.
Se há uma máxima que diz que é a incompletude que nos caracteriza como humanos, podemos crer que é na busca de sabermos e conhecermos nossas possibilidades e desenvolvermos mais nossas potencialidades que nos tornaremos mais partícipes deste mundo frenético, rico, plural, que quer que sejamos felizes.
Joseph Razouk Junior