" A diferença entre o remédio e o
veneno está na dose". (Paracelso)
Nos dias de hoje, os eletrônicos fazem parte do dia a dia de todas as famílias. São os "brinquedos" preferidos de muitas crianças e adolescentes. Mas, pela mesma janela que passam entretenimento e informação, passam, também, "perigos". Portanto, cuidados no uso dos eletrônicos são fundamentais.
Devido ao fato de ainda estarem em processo de formação e não terem maturidade para avaliar os perigos, as crianças e adolescentes são os mais afetados por estes "brinquedos" e necessitam de cuidado. Por isso, faz-se necessário ter a supervisão de um adulto.
Muitas vezes, devido ao filho estar em casa sentado em frente ao computador, alguns pais não se dão conta do perigo, tendo a falsa crença que o filho está em segurança. No entanto, algumas vezes a criança ou adolescente por não ter maturidade e supervisão faz uso de forma inadequada, se expondo.
Não podemos negar que os jogos são extremamente atraentes. Difíceis de resistir. Entretanto, o uso excessivo, compulsivo pode acabar excluindo a criança ou adolescente do convívio social. Aos poucos se afasta, deixa de lado responsabilidades e outras atividades que antes gostava e que são importantes para o seu desenvolvimento, para ficar horas a fio em frente ao computador ou videogame.
Realidade e fantasia se misturam. No jogo a criança ou adolescente tem o "controle", o "poder", faz do jeito que quer. Não há frustrações ou perdas. E, na vida, as vezes a gente ganha, as vezes, a gente perde! Já no jogo, no imenso mundo virtual, pode ser a realidade idealizada, montada, construída, sonhada. Ter muitos amigos, vencer todos os "monstros", todos os "inimigos". Pode-se até brincar de morrer, afinal tem "muitas vidas"!
De forma nenhuma, o acesso a internet, o uso de videogames deve ser proibido. Contudo, devem ser alternados com outras atividades (passear no parque, andar de bicicleta, etc), e supervisionados. É importante dar aos filhos brinquedos que os estimulem a pensar, que possam criar, usar a imaginação e não brinquedos em que a criança somente aperta um botão, uma alavanca. Brinquedo que brinca sozinho reduz a criança a objeto. E, objeto não pensa.
Assim, cada familia dentro de seu modelo de educação, deve avalia e limitar o uso, para que a criança ou adolescente possa usufruir somente os benefícios desta tecnologia. Afinal a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. E, a dose difere para cada um.
Eliane da Luz
Psicóloga Clínica
CRP: 08/13190
www.elianedaluz.com.br/blog
Postado às 14:59