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sexta-feira, 27 de abril de 2012
A MAMÃE ESTÁ GRÁVIDA!


A MAMÃE ESTÁ GRÁVIDA!



Mamãe vai me dar um irmãozinho
Estou contente
Que bom

Meu pai diz que é ruim ficar sozinho
E tudo que é meu será dos dois
Até a mamãe e o papai de nós dois

 (...)

O nosso apartamento é pequeno
E o meu quarto é pequenininho
Vai pegar meus brinquedos!

(...)

Até que é bom ficar sozinho
Não sei porque o papai diz que é ruim
O que é ruim pra ele, é bom pra mim
(Irmãozinho - Palavra Cantada)



A chegada do segundo filho é um momento de grande expectativa, muitas vezes aguardado com receio pela família, pois o filho mais velho, nem sempre vivencia de forma tranquila.

Neste momento, muitos pais encontram dificuldades em lidar com a situação, surgindo dúvidas e questionamentos.  É necessário que, desde a descoberta da gravidez, estas questões sejam trabalhadas pela família no sentido de minimizar algo que é inevitável: o ciúme do filho.

Assim como cantam Sandra Peres e Paulo Tatit, a música Irmãozinho, a criança vê este novo integrante como um intruso. Um “outro” que vai lhe tirar o lugar de único. Tudo vai ser divido, incluindo o principal: o amor do papai e da mamãe! É por causa deste amor que a criança sente ciúmes. Ela se sente insegura, começando a pensar que não será mais amada, que ficará em segundo plano. 

                           Quando e como contar sobre a gravidez?

Tão logo souber da gravidez, dê preferência os pais juntos, devem contar à criança. Conversar com ela a respeito, escutar e responder suas dúvidas, acolher suas reações.

É o início da preparação da criança para a chegada deste novo integrante na família. O mais importante é sempre falar a verdade à criança, não esconder os fatos, nem mentir.

Utilize-se da linguagem para dizer de maneira mais verdadeira o que está acontecendo. As conversas não se restringem somente ao primeiro momento, mas durante toda a gestação, principalmente, após chegada do bebê, onde geralmente o ciúme se intensifica, devido à presença “concreta” do bebê.


Como se manifesta o ciúme na criança?

A criança encontra dificuldades em verbalizar o que está sentindo, por isso utilizará recursos não verbais para sinalizar atenção à sua dor. No entanto, cada criança encontra uma forma de externalizar seu ciúme, passando desde manifestações sutis às mais intensas.

Muitos comportamentos podem ser identificados precocemente, já no início da gestação, outros aparecem somente pós-parto. Em alguns casos a criança, “aparentemente”, não apresenta ciúme algum, mas isso não quer dizer que não sinta, somente encontram uma forma de lidar com ele, podendo manifestá-lo mais tarde.

É comum também ocorrer sentimentos contraditórios. Num momento a criança está carinhosa e no seguinte agressiva. Um misto de amor e ódio. Um exemplo disso, são aqueles abraços apertadíssimos e “super beijos”.

Muitas crianças regridem, voltam a usar chupeta, mamadeiras, fazer xixi na cama e/ou na roupa. Mesmo que já tenha aprendido a se alimentar sozinha não quer mais fazer. Enquanto outras, sinalizam por comportamentos de agressividade, birras,  falas mais infantilizadas e choro. Há casos em que o ciúme afeta a auto-estima e o rendimento escolar.

 Como lidar com o ciúme?

No decorrer da gestação, procure integrar a criança dividindo momentos como: escolha de nome, enxoval, assistir a ecografias.  Após o nascimento, continue a envolvê-la nos cuidados com o bebê.  Isso ajudará a sentir-se integrada nesta nova dinâmica familiar.

Broncas e repreensões por causa do ciúme, neste momento, não vão ajudar, pelo contrário, vão reforçar o sentimento de que não é amada. Em todas as situações diga à criança o que está percebendo, acolha sua agressividade, sua birra, enfim, seu comportamento.

Contudo, acolher não significa dar-lhe tudo o que pede, fazer-lhe todas as vontades, mas dar-lhe  esclarecimento do que está acontecendo, colocar em palavras.

Mesmo que muitos dos comportamentos sejam semelhantes, vale ressaltar, novamente, o singular de cada criança, ou seja, o modo que cada uma vai manifestar e elaborar o ciúme é único. Cada situação é específica, por isso procure não fazer comparações.

Sentir ciúmes é natural e na maioria das vezes a criança com a ajuda da família consegue elaborar. Não há um tempo determinado para que isso aconteça. Ela consegue tão logo se sinta segura em relação ao amor dos pais. Não é uma tarefa fácil lidar com a situação, exige carinho, paciência, compreensão e muito diálogo.

No entanto, se perceber que está se prolongando muito a elaboração e o sofrimento da criança não hesite e busque ajuda de um profissional.

                    Eliane da Luz – Psicóloga Clínica – CRP: 08/13190



Postado às 10:27