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quarta-feira, 30 de maio de 2012
TDAH ou FALTA DE LIMITES?- Parte 2


“No Pantanal ninguém pode passar régua.


Sobremuito quando chove.
A régua é existidura de limites.


E o Pantanal não tem limites”.


 (“Mundo renovado” - Manoel de Barros)




TDAH quer dizer Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. É um transtorno com início precoce e, caracterizado pela tríade: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Sendo um dos critérios diagnósticos, que os sintomas persistam por, pelo menos, seis meses e causem prejuízo na vida da criança.


Além dos critérios acima citados, é preciso, de acordo com o DSM –IV e a CID – 10, uma série de outros sintomas para confirmação do diagnóstico.


TDAH ou falta de limite? Mas, falta de limites por parte de quem?


Nos dias de hoje vê-se uma crescente dificuldade dos pais em educar seus filhos. Isso causa grande apreensão nos mesmos quanto ao futuro dos seus filhos. Há também, em algumas situações, um distanciamento nestas relações parentais, onde por pouco, não são estranhos dividindo o mesmo teto.


Há casos em que, realmente se percebe o pouco ou nenhum limite. Muitos pais, por vários motivos, mas principalmente por se sentirem culpados em relação a seus filhos, são permissivos em excesso. Fazem todas as suas vontades e não conseguem dar-lhes o limite necessário. Assim a criança, cada vez mais, vai testando até onde pode ir. Até aonde a deixam ir.


Muitos destes comportamentos são pedidos de limites e atenção, pois a criança anseia ser “contida”, barrada. O limite é importante para que a criança se depare com a frustração, com a lei. Os pais não estarão com ela à vida inteira, tampouco poderão lhe dar sempre tudo o que querem. A vida não lhe dará!


Podemos pensar também, o sintoma desatento/hiperativo, como resposta ou uma forma de defesa da criança à determinada condição de dor física, emocional. É um movimento em relação ao desejo do outro. É uma apatia em relação à demanda do outro. Não escuta o que lhe dizem. Não quer ler, escrever, pensar. Em resposta, se debate, se agita. Se angustia. Angústia para os pais, para os professores, mas principalmente para a criança, que no momento não encontra outra forma de expressão.


Independente da situação, pois cada uma é única, mais do que ter um diagnóstico é poder refletir a respeito deste sintoma. O que será que sinaliza essa desatenção e/ou agitação motora, essa falta de limites? O que diz da criança, da relação familiar? Não se trata de procurar um culpado, até porque não tem. Mas poder pensar a respeito, pois sempre há tempo para mudança, desde que haja comprometimento, implicação e real desejo.


                                                                                                                                           Eliane da Luz
                                                                             Psicóloga Clínica

                                                                               CRP: 08/13190


Referências:


·         DSM IV - TR - Manual Estatístico Diagnóstico de Transtornos Mentais. Trad. Cláudia Dornelles; - 4ª ed. rev. – Porto Alegre: Artmed, 2002.


·         Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID- 10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coord. Organiz. Mund. da Saúde; trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.




Postado às 07:59